A terapia CAR-T está sendo considerado o maior avanço no tratamento do câncer dos últimos anos e pode se estabelecer como um dos pilares do combate à doença, ao lado de quimioterapia, cirurgia e radioterapia.
Trata-se de um tratamento inovador e personalizado, específico para o tratamento de alguns tipos de câncer hematológico, como as leucemias linfoblásticas agudas, linfoma difuso de grandes células B (tipo de linfoma não Hodgkin, mieloma múltiplo.
Essa tecnologia envolve a coleta de linfócitos do próprio paciente, que são geneticamente modificados. Após a modificação, as células são novamente infundidas no paciente. Dessa forma, o próprio organismo do paciente torna-se capaz de combater o câncer.
O que torna esse tratamento mais interessante e promissor é o fato de que a terapia obtém resultados justamente em pacientes que já falharam em várias linhas de tratamentos, incluindo quimioterapias e até mesmo transplante de medula.
A grande barreira atualmente existente para acessar esse tratamento é o alto custo, em torno de 2,5 milhões de reais. Isso porque envolve o envio do sangue do paciente para um laboratório fora do Brasil, onde a tecnologia é aplicada.
Embora já existam estruturas que permitem a produção, o desenvolvimento e o armazenamento das células CAR-T no Brasil (Hospital das Clínicas de São Paulo, Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto) ainda é insuficiente para atender a todos os pacientes que necessitem do tratamento. Porém, caso a terapia seja imprescindível à recuperação de um paciente e haja prescrição médica, é possível sua obtenção pelo plano de saúde, inclusive mediante uma liminar (pedido urgente). Para mais informações, busque orientação de um advogado especialista.
Autoras: Renata Moreira e Nida Kallas, Advogadas Especialistas em Direito Médico e da Saúde